De acordo com a Polícia Militar, o homem iria para a cidade de Viamão, no Rio Grande do Sul, no dia 9 de julho, quando entrou em contato com a polícia, informando que teria sido vítima de um roubo de carga, e que, na ação, os bandidos levaram o celular dele.

Porém, durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que o homem havia forjado o crime, e, ao invés de ser vítima, ele fazia parte de uma quadrilha que aplica golpes com esse perfil na região.

"Essa prisão aconteceu na cidade de Betim. Há uma organização para receber essa mercadoria, há outra para desviar, e ainda há uma terceira para "branquear" essas notas fiscais. E é nisso que a Polícia Civil vai aprofundar essa investigação", disse o delegado Amarury Thomaz.

A PC descobriu que o caminhão fez diversas paradas durante o trajeto, uma delas, na cidade de Teófilo Otoni, durou 40 minutos. Os investigadores acreditam que nesta parada a carga foi depositada em outro veículo.

"A investigação partiu para verificar os antecedentes do motorista que inicialmente era apresentado como vítima, havia várias inconsistências no depoimento dele, o que o transformou de vítima a suspeito", afirmou o delegado Eduardo Gil.

A polícia ainda não descobriu para onde a carga foi levada. Segundo a PC, o celular do suspeito, que foi encontrado durante a prisão dele em Betim, onde ele reside, será peça chave para as investigações. No aparelho há fotos das mercadorias.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Malacacheta e Teófilo Otoni. O caso segue em investigação.